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Com o arranque definitivo em 1998, a Tintex percorreu os últimos 20 anos nas asas da inovação e da sustentabilidade. As próximas duas décadas deverão manter a tónica na inovação responsável, mas sempre com as portas abertas para o mundo, incluindo novos projetos de I&D e uma loja online.

A Tintex é provavelmente a mais premiada das têxteis portuguesas. Como é que se consegue um percurso vencedor de 20 anos?
A Tintex tem desde a sua génese uma preocupação muito séria com a sustentabilidade e inovação. Desde 1998 que focou muito do seu trabalho na utilização de fibras inovadoras com menos impacto ambiental e na otimização dos processos tanto de tingimento como de acabamento, assumindo as implicações menos positivas destes e começando passo a passo num caminho de mitigação destes impactos. A estabilização destes conceitos e a aposta contínua nos mesmos ao longo deste percurso, felizmente, tem trazido os frutos que estão à vista de todos.

A inovação tecnológica que aportam aos vossos produtos é facilmente comercializável?
No que se refere à Tintex temos de avaliar o seu posicionamento na cadeia de valor para podermos compreender melhor os obstáculos que podemos encontrar. Assim, uma vez que a Tintex não se encontrava numa posição de contacto direto com as marcas de moda sentia-se alguma dificuldade em passar a mensagem do verdadeiro impacto dos produtos que desenvolvíamos e comercializávamos. Neste contexto, foi definido um novo de modelo de negócio aportado muito na reputação da empresa, em que começamos a contactar as marcas, para podermos criar “novas cadeias de valor” que nos permitiam comunicar diretamente quais as mais valias e benefícios dos nossos produtos. Esta mudança de paradigma, associada ainda à mudança de mentalidade dos consumidores, tem ajudado cada vez mais a facilitar a introdução dos novos produtos e tecnologias na cadeia de valor têxtil facilitando assim a sua comercialização.

A sustentabilidade é um dos pilares da Tintex e o setor olha para vocês quando o tema é a responsabilidade ambiental. Sentem essa pressão no lançamento de novos produtos?
Neste momento não consideramos ser uma pressão adicional. Sentimos a pressão que todas as empresas e mesmo pessoas devem sentir, uma vez que todos nós sabemos o impacto que as nossas atividades tem e podem vir a ter na saúde do nosso planeta. No entanto, para nós a pressão está naquilo que é a definição e otimização à partida de todos os processos e de todos os produtos que utilizamos, o que faz com que numa etapa final seja uma mera formalidade a verificação ou não do impacto final dos nossos produtos. Ainda assim, ainda mais que a comunicação desta responsabilidade, a certificação ou validação do impacto final dos produtos que comercializamos – tanto pelas certificações têxteis como avaliação de ciclos de vida dos nossos produtos – é de extrema importância para nós, para evitarmos cair na demagogia da comunicação não suportada na ação.

A Tintex é um dos grandes parceiros da Fibrenamics. Que vantagens encontra neste trabalho colaborativo?
A complementaridade do trabalho industrial com o trabalho desenvolvido pelas diversas entidades do SCT é fundamental para garantir a evolução e a capacidade inovativa do tecido industrial e consequentemente do nosso país. Neste caso, percecionamos que a Fibrenamics tem uma vertente muito focada no produto o que ajuda naquilo que são os objetivos das empresas. Esta proximidade faz com que, mesmo sendo os objetivos de base diferentes, seja mais fácil comunicarmos numa língua comum permitindo que ambas as partes alcancem os objetivos a que se propõem.

Data: Janeiro/2020
Entrevistado: Pedro Magalhães, Head of Innovation - Tintex

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