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O desenvolvimento de novos produtos deverá ser a atividade principal das empresas

15 set 2015Notícias

O desenvolvimento de novos produtos deverá ser a atividade principal das empresas

O desenvolvimento de novos produtos deverá ser a atividade principal das empresas

Artigo de opinião de Mário de Araújo – Professor Catedrático da Universidade do Minho

Nas últimas décadas temos assistido a um desenvolvimento científico e tecnológico muito acelerado com frequentes mudanças de paradigma. No que respeita aos materiais, os metais e outros materiais convencionais, estão a ser substituídos por polímeros em muitas aplicações e dentro destes as fibras têm um enorme potencial devido à sua versatilidade em termos de propriedades que podem ser personalizadas/ customizadas para aplicações específicas, com enormes vantagens no que respeita à elevada relação resistência/ peso e módulo/ peso que pode também variar segundo as direções. Outros aspetos de interesse nestes materiais e nas estruturas com eles construídas, são a possibilidade de controlar o fluxo térmico, a sorção de líquidos e a difusão de gases, para além da facilidade de embebimento de dispositivos eletrónicos.

As fibras de alto desempenho (e outras) estão aí e o seu desenvolvimento continua a ritmo acelerado, envolvendo as três principais frentes da fronteira da ciência: ciências da computação, nano-ciências e bio-ciências. A questão que se põe às empresas é como acrescentar valor a estes materiais.

A resposta é só uma. Com o desenvolvimento de novos produtos que venham resolver problemas de uma forma mais eficaz aos cidadãos.

Longe vão os dias em que a principal ocupação dos empregados de uma empresa era a produção de bens e serviços. Este aspeto da atividade das empresas encontra-se cada vez mais automatizado e não requer mão-de-obra pelo que não cria emprego.

A longo prazo praticamente toda a produção será automatizada pelo que a deslocalização dos meios de produção para países que usam o custo como principal vantagem competitiva, mas que não cumprem boas práticas no que respeita ao ambiente e à responsabilidade social, não tem futuro. Na realidade a automatização possibilita enormes vantagens em termos de qualidade, produtividade e baixos custos.

Por esse motivo as empresas de sucesso investem no conhecimento do seu pessoal na área criativa, essencialmente no que respeita ao desenvolvimento de novos produtos, o que significa investigação & desenvolvimento, inovação e comunicação multisensorial. Além disso as áreas de marketing digital e logística são essenciais para a competitividade das empresas no mercado global.

A Plataforma Internacional Fibrenamics da Universidade do Minho pode contribuir em muito para ajudar as empresas a uma mudança estrutural em que 90% do seu pessoal será criativo e se dedicará à inovação e desenvolvimento de novos produtos e os restantes 10% a outras atividades incluindo a produção.

Para os interessados em aprofundar o seu conhecimento sobre temas tão atuais como ocupações do futuro, emprego, empreendedorismo, distribuição de riqueza, estilos de vida futuros e sobretudo o que é realidade no universo em que vivemos ou “por que é que somos como somos”, recomendo as seguintes leituras/ consultas:

1 – Bruno Faria Lopes (2015), Portugal e os próximos 900 mil desempregados, Económico: http://economico.sapo.pt/noticias/portugal-e-os-proximos-900-mil-desempregados_227511

2 – Derek Thompson (2015), A World Without Work, The Atlantic: http://www.theatlantic.com/magazine/archive/2015/07/world-without-work/395294/

3 – Elon Musk, (o Thomas Edison do Século 21!): https://en.wikipedia.org/wiki/Elon_Musk

4 – Jacque Fresco, The Venus Project: https://www.thevenusproject.com/en/

5 – John Maynard Keynes (1930), Economic Possibilities for our Grandchildren, W.W. Norton & Co., New York (ver PDF em : http://www.econ.yale.edu/smith/econ116a/keynes1.pdf )

6 – Richard Dawkins (2011), The Magic of Reality: How We Know What’s Really True, Free Press, New York (saber mais em: https://en.wikipedia.org/wiki/The_Magic_of_Reality )

7 – Thomas Piketty (2014), Capital in the Twenty-First Century, Harvard University Press, Cambridge, Mass. (saber mais em : http://www.economist.com/blogs/economist-explains/2014/05/economist-explains )

8 – Zeynep Ton (2012), Why “Good Jobs” are Good for Retailers, Harvard Business Review, Cambridge, Mass. : https://hbr.org/2012/01/why-good-jobs-are-good-for-retailers

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