As atuais técnicas de imagem clínica, geralmente, não fornecem informações altamente detalhadas sobre a localização exata da lesão axonal, gravidade da lesão ou a recuperação esperada de pacientes com traumatismo cranioencefálico.
High-Definition Fiber Tractography é uma nova modalidade de imagem que permite visualizar diretamente e quantificar o grau do dano das fibras axonais, prevendo os défices funcionais devido à lesão axonal traumática e perda de projeções corticais. Esta modalidade de imagem é baseada na tecnologia de difusão. Sendo uma nova modalidade, a validação e o controlo de qualidade são essenciais.
A falta de um fantoma (do inglês phantom), modelo, o mais aproximado possível ao cérebro humano é um atual problema que inviabiliza o testar, calibrar e validar destas técnicas de imagem médica. Grande parte da investigação desenvolvida nesta área possui uma enorme lacuna em pontos fundamentais, como no limite de tamanho reproduzido das fibras do cérebro e na simples e rápida reprodutibilidade dos fantomas. Os materiais fibrosos têm sido alvo de estudo devido a semelhanças entre estes e os axónios humanos.
Assim, com o intuito de promover a validação e precisão de High-Definition Fiber Tractography e melhorar o mapeamento do cérebro humano, diagnosticando lesões na substância branca, é necessário desenvolver estruturas similares às estruturas do cérebro humano através da criação de fantomas cerebrais.
Este projeto decorre no âmbito do doutoramento da investigadora Catarina Guise sob orientação de Raul Fangueiro e co-orientação de Walter Schneider e João Miguel Nóbrega.