Estruturas fibrosas inteligentes são definidas como materiais que podem interagir com o ambiente/utilizador. Estruturas fibrosas com nanopartículas condutoras podem converter tecidos em materiais baseados em sensores por, por exemplo, conversão de forças mecânicas exercidas em sinais elétricos. Óxidos metálicos à nanoescala, polímeros biocompatíveis e nanofibras naturais podem ser usados como estruturas inteligentes para aplicações biomédicas. As estruturas fibrosas funcionalizadas com óxidos metálicos e nanopartículas também podem atuar como superfícies autolimpantes, muito eficazes na decomposição de compostos orgânicos, poluentes e microorganismos.
O maior desafio deste projeto passa pelo desenvolvimento de estruturas fibrosas inteligentes de maneira sustentável, de forma a serem capazes de realizar um amplo espectro de funções combinadas, como, por exemplo: monitoramento / deteção e proteção química / biológica. As fibras naturais como linho ou cânhamo podem ser coletadas diretamente da natureza e são consideradas materiais amigos do ambiente. Devido ao seu baixo custo, leveza, abundância e biodegradabilidade são indubitavelmente promissores para substituir os sintéticos.
A funcionalização da fibras naturais com nanopartículas e biopolímeros permitirá o desenvolvimento de novas estruturas fibrosas com aplicações em diversas áreas. No setor militar essas podem ser usadas para: monitorizar sinais biológicos vitais dos soldados, proteção química / biológica e sistemas de auto-descontaminação. Elas também poderão ser utilizadas no setor do desporto bem como em aplicações terapêuticas (cicatrização de feridas). A novidade deste projeto emerge do enorme potencial e versatilidade das nanopartículas e da funcionalização in situ destas nas fibras naturais. Segundo a literatura essa é uma área muito promissora que ainda precisa ser explorada.
