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A LIPOR tem uma história de quase 40 anos na gestão de resíduos em Portugal, tratando cerca de 500 mil toneladas de resíduos urbanos anualmente, produzidos por cerca de 1 milhão de habitantes.

1. A LIPOR faz uma aposta clara na modernização dos conceitos de gestão de resíduos para a minimização da deposição de resíduos em aterros. Quais os resultados desta estratégia?
A estratégia corporativa da LIPOR está baseada em conceções modernas de sustentabilidade do negócio da organização, para um futuro que se pretende de largos anos.
Assim, o modelo técnico com que desenvolvemos o nosso core business, assenta no princípio básico de que “um resíduo é um recurso” e daí os nossos principais objetivos serem a prevenção na produção de resíduos e a minimização da deposição de resíduos valorizáveis em aterro.
Para alcançarmos estes desideratos socorremo-nos de 3 modernas fábricas e plataformas de apoio à atividade industrial e a fortes campanhas de sensibilização da população para um consumo sustentável e um modo de vida que proteja o planeta contra a poluição por resíduos.
A LIPOR, nos últimos 5 anos, só depositou em aterro cerca de 3% das 500.000 toneladas de resíduos que são gerados na região.

2. Há uma forte tendência no crescimento do mercado de valorização de resíduos e da economia circular. A empresa está preparada para responder a esta crescente demanda?
Como antes referi, uma estratégia corporativa na organização incorpora todas as vertentes de um modelo de negócio circular.
Para aproveitarmos toda a potencialidade que aquele modelo nos proporciona é fundamental à LIPOR ter uma competente e ativa Unidade de Inovação, Desenvolvimento e Investigação, que é o pilar fundamental para o nosso objetivo deste momento, que é o de deixarmos de ser uma “gestora de resíduos, para sermos uma produtora de bens e uma prestadora de serviços”, ou seja estarmos centrados no domínio dos “bens transacionáveis” e sairmos de modelos tradicionais de baixo valor.

3. A LIPOR, para além da gestão dos resíduos, trabalha também com a conscientização da população e das empresas em relação aos resíduos que geram. Com que desafios se deparam nesta área?
Os desafios para a LIPOR são excelentes oportunidades de melhoria contínua do nosso negócio.
É certo que em algumas organizações (Empresas/Serviços Públicos) e em muitas franjas da população, o resíduo é um desperdício, é lixo, é algo que temos de nos livrar.
Mas esta perspetiva resulta num custo e nunca num proveito para essas organizações. Daí a LIPOR ter hoje 3 unidades preparadas para apoio técnico e organizacional a terceiros, uma divisão com 12 técnicos superiores apenas para suporte técnico a Autarquias, uma unidade com 5 elementos que apoia e desenha projetos à medida de empresas e serviços da Administração Pública (SIAC – Serviço de Intervenção Ambiental Customizado) para uma correta gestão de resíduos e uma unidade de negócio internacional, focada na exportação de todo o nosso know-how para terceiros países.
Tudo isto é complementado pelo trabalho que o Departamento de Educação, Comunicação e Marketing desenvolve, centrando-se na alteração dos comportamentos dos cidadãos perante os resíduos e na construção de um novo estilo de vida que melhor preserve o futuro do nosso planeta.

4. A LIPOR é uma das grandes parceiras da Fibrenamics – Universidade do Minho. Que vantagens encontra neste trabalho colaborativo?
A LIPOR é muito cultora do trabalho em rede, do aproveitamento de sinergias com parceiros de excelência e daí ter identificado a Fibrenamics para desenvolver projetos com os quais pretende materializar a mudança do Modelo de Negócio que temos atualmente

 

Data: Outubro/2020
Entrevistado: Fernando Leite, Administrador – LIPOR

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