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Hospital São João – Centro de Mama

Entrevista

Hospital São João – Centro de Mama

Hospital São João – Centro de Mama

O Centro de Mama do Centro Hospitalar São João é um dos parceiros da Plataforma Internacional Fibrenamics que trabalha diretamente com a problemática do cancro da mama. Criado a 22 de abril 2008, nasce alicerçado num trabalho que aquela unidade vem desenvolvendo desde 1959, ano da sua abertura. Este Centro tem como objetivo ser referência dentro e fora de portas no ramo da medicina que estuda a anatomia, a fisiologia e as patologias da mama (senologia).

Para isso conta com profissionais altamente especializados que trabalham num espaço físico próprio, preparado para as atividades de ambulatório: consultas médicas, de psicologia, cuidado de enfermagem, exames de imagem, procedimentos para diagnóstico, consultas multidisciplinares e consultas de follow-up.

Sendo uma estrutura de cuidados médicos multidisciplinar está preparada para acompanhar todos os casos desde o diagnóstico até ao final do tratamento, tendo ainda uma forte componente de ensino e investigação. Nas palavras de Fernando Osório, coordenador do Grupo Oncológico de Mama, também é “obrigação participar no estudo da patologia mamária”, contando que o Centro está envolvido em vários projetos, principalmente nesta área. Contudo, afirma que o principal objetivo no Centro de Mama do Centro Hospitalar São João “é assistencial, ou seja, diagnosticar e tratar a patologia mamária, benigna e oncológica, às nossas pacientes”.

Verdade e transparência são valores fundamentais

Desde a sua fundação e até 2013 [os números mais recentes disponíveis] que o Centro de Mama tem vindo a consolidar-se como a unidade a recorrer para quem sofre desta patologia, mas não só. A vertente do rastreio é também um dos pilares fundamentais desta unidade hospitalar, sendo apontada por Fernando Osório como um dos caminhos a percorrer no âmbito da prevenção desta patologia. “Tenho que salientar a necessidade de serem cumpridos os programas de rastreio já implementados”, diz-nos, porque, sublinha, “são a melhor aposta no diagnóstico precoce do cancro da mama quando obviamente é mais fácil tratar”. De facto, o Centro de Mama está integrado no programa de rastreio de cancro da mama da Administração Regional de Saúde do Norte, recebendo semanalmente doentes com necessidade de biópsia ou de tratamento por cancro da mama.

Todos eles são recebidos por uma equipa que além das competência técnico-científicas devidamente comprovadas e (re)conhecidas, se pautam pelo respeito pela Pessoa, a diligência, a verdade e a transparência, humanizando todas as situações e acompanhando todos os casos por um período de cinco anos, pelo menos.

Inovação é bem-vinda

A sofisticação dos dispositivos médicos ao serviço dos doentes tem sido uma das grandes áreas de investimento em todo o mundo, e a patologia do cancro é das que maior relevância tem assumido. Mas não é só a disponibilidade de dinheiro que importa. Fernando Osório, que além das funções supra mencionadas, é também assistente convidado da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), afirma que “toda a inovação em dispositivos médicos é bem-vinda” porque temos o dever de procurar melhorar a oferta, mas aponta um factor chave no sucesso: realizar a investigação e desenvolvimento de novos produtos médicos em grande proximidade com os pacientes e futuros utilizados desses produtos. Esta foi a metodologia adotada no desenvolvimento da Pradex, e os resultados estão à vista.

A participação do Centro de Mama do Centro Hospitalar São João no projeto que deu origem a uma manga de compressão inovadora surgiu por intermédio da empresa Barcelcom Têxteis, que desenvolveu a manga em conjunto com a Fibrenamics. Fernando Osório, que supervisionou os testes clínicos que atestaram a eficácia da Pradex por intermédio da utilização em pacientes que sofrem de linfedemas, mostra-se satisfeito com o resultado desta parceria de inovação tríade. “Foi apraz satisfatória a interação criada entre a indústria têxtil nacional, o meio académico e a clínica hospitalar no desenvolvimento de uma solução inovadora para as nossas doentes”, aproveitando para ressalvar que este é um “produto nacional, inovador, mais barato e, mais importante, mais confortável de usar no dia-a-dia”, concluiu.

Data: Dezembro/2015
Entrevistado: Fernando Osório, Coordenador do Grupo Oncológico de Mama - Hospital São joão

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